terça-feira, 5 de julho de 2011

Nota ao Ministério Público da Saúde

Ao cumprimentá-lo, estou ciente das minhas responsabilidades como servidor público, e através desse, venho informá-lo da atual situação do município de Santa Cruz do Sul, referente a Gripe A (H1N1).
 Segundo dados, foram notificados desde o dia 09 de junho de 2011, 48 casos de contaminação do vírus H1N1 no município de Santa Cruz do Sul, e destes, 11 (onze) foram confirmados, sendo que 02 (dois) casos foram a óbito.

 Em relação às medidas preventivas, foram feitas reuniões junto com a Secretaria Municipal de Saúde, no dia 22 de junho de 2011, onde a Secretaria Estadual da Saúde reforçou as medidas de prevenção a serem instituídas no município, como lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool gel, ao tossir ou espirrar proteger a boca e o nariz, afastar os doentes do convívio social, ventilar os ambientes, evitar aglomerações, bem com divulgar nas unidades básicas de saúde os protocolos de tratamento da Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória aguda grave, que ampliou o uso do TAMIFLU para indivíduos sem fator de risco nas primeiras 48h do início dos sintomas. 

Os locais de disponibilização do antiviral para a população ficou a critério da Secretaria Municipal de Saúde, com a recomendação de fácil acesso em 24h. A reunião aconteceu no gabinete da Prefeita, com o Secretário Municipal de Saúde, com o Delegado Regional de Saúde, Secretaria Municipal de Educação e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. Foi realizado também um encontro com os técnicos das áreas de Vigilância Epidemiológica e responsáveis pela comissão de controle de infecção hospitalar de toda a região, contando com a presença do município de Santa Cruz do Sul, no dia 29 de junho de 2011. Além disso, foram distribuídas medicações antiviral para toda a rede básica de saúde, seguindo o protocolo do Ministério da Saúde.

 A campanha de vacinação de 2011 contra a Gripe A do Ministério da Saúde, realizada de 25 de abril a 13 de maio, para grupos vulneráveis, tendo como meta vacinar 20.017 pessoas. O município de Santa Cruz do Sul vacinou 15.298, atingindo cobertura vacinal de 76.43%, sendo que a meta do Ministério da Saúde recomendada é de 80%. Houve prorrogação da campanha de vacinação nesses mesmos grupos, até o dia 22 de junho. E os resultados foram:

Crianças de 06 meses a 02 anos atingiu 84,7% do público alvo;
Gestantes, atingiu 48,40% do público alvo;
 Trabalhadores da saúde atingiu 199,4% do público alvo;
 Idosos, atingiu 71,54% do público alvo.

 Após a prorrogação, o público alvo não foi atingido plenamente, e tendo a disponibilidade da vacina na Rede de Saúde, foram acrescentados outros grupos de riscos, que são os doentes crônicos e profissionais expostos ao frio (total vacinados: 7.754), tendo como total geral de pessoas vacinadas: 23.703. (Todos os dados numéricos são referentes até o dia 30 de junho de 2011).

 Para atender a demanda de vacinas do Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde fez um remanejo de vacinas de outros estados, somando um total de 140 mil vacinas, e dessas vacinas, a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde pediu 50 mil, pois é a Coordenadoria que vem apresentando maior quantidade de notificações e casos confirmados de influenza pandêmica. Mas foram recebidas apenas 10 mil doses da vacina contra Influenza A cepa pandêmica 2009 (H1N1).

 Sensibilizados com a situação dos casos confirmados da doença, procuramos atender a toda solicitação da Secretaria Municipal de Saúde de Santa Cruz do Sul, registrando um total de 28.450 doses de vacinas distribuídas no período de campanha e após o encerramento desta.

 Sabendo da indisponibilidade de vacinas pelo Ministério da Saúde, orientamos a todos os municípios que priorizassem a vacinação  com a busca ativa nos grupos elegíveis como prioritários, pois os casos confirmados registram justamente a vulnerabilidade desses grupos.

 Neste momento a Secretaria Estadual de Saúde tem como principal estratégia de enfretamento da influenza o tratamento medicamentoso com o antiviral TAMIFLU e a ampla divulgação do conjunto de medidas preventivas, que devem ser incorporadas ao cotidiano da população, e não somente quando ocorrem surtos de influenza, considerando a oferta limitada de vacinas pelo MS. 

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